domingo, 22 de fevereiro de 2009

Porque sabemos que o Brasil é maior que a crise?

A crise que agora ameaça nossos empregos será superada como as demais. Basta recordar as crises anteriores e veremos que é possível sim, sair desta. Mais uma vez o Brasil será maior que a crise. Veja as principais crises no mundo, seus efeitos e como as superamos. 
Crise de 1873 — Foi a 1ª grande crise capitalista e ficou conhecida como "Longa Depressão" e durou até 1896.
Causas. Uma das causas veio da indústria ferroviária. O setor cresceu em ritmo acelerado e quebrou, graças à consolidação da rede de ferrovias nos países industrializados. Isso fez com que preços e lucros fossem abaixo.
Efeitos. A Inglaterra é considerada o país mais afetado pela crise. As exportações caíram 23% e o número de falências disparou. Nos EUA, a instituição bancária Jay Cooke quebrou, levando a Bolsa de Valores de Nova York a fechar as portas por dez dias. O desemprego saltou a 14%. França, Alemanha e Itália também foram afetadas.
Resultados. Surgimento de um capitalismo monopolista.

Crise de 1929 — Chamada de Grande Depressão, foi maior crise econômica da história recente. Causas. A especulação em um mercado sem regulamentação. Em 24 de outubro de 1929, na chamada "quinta-feira negra", a bolsa de Nova Iorque quebrou.
Efeitos. Em outubro de 1929, a bolsa de Nova Iorque caiu cerca de 40%. Nos anos seguintes, um terço da população dos EUA ficou desempregada. A crise atingiu Alemanha e França. No Brasil houve queda na exportação de café.
Resultados. Os EUA aumentaram os gastos públicos, no chamado "New Deal". No Brasil, os efeitos foram contidos pela compra, por parte do governo, do café produzido, impedindo o afundamento dos preços.

Choques do petróleo — Em 1973, países produtores suspenderam exportações aos aliados de Israel (EUA, Europa e Japão). Em 1979, a revolução islâmica, que tinha como lider o aiatolá Khomeini, tirou o xá Reza Pahlevi do governo do Irã. Os protestos desorganizaram a produção petrolífera do país e o preço do barril subiu 250% nos EUA.
Efeitos. Dependentes do petróleo, EUA e Europa viram a inflação disparar e a economia entrar em recessão por conta dos alto custos de produção. Bancos centrais cortaram taxas de juros, o que aprofundou a crise.
Resultados. Os países buscaram outras formas de energia, o que no Brasil culminou no Proálcool.

Estouro da bolhada internet — Crescendo rapidamente desde 1995, as empresas de internet viram o fim abrupto dessa trajetória em março de 2000. 
Causas. O crescimento do setor e a especulação levaram as ações das empresas "pontocom" a altas espetaculares. Muitas atingiram valor de mercado bem superior ao real. Em cinco dias, a Nasdaq, bolsa de tecnologia dos EUA, caiu 10%.
Efeitos. Com dívidas contraídas para expansão, diversas empresas quebraram, entre elas, a WordCom, maior falência da história dos EUA até então. Antes do fim do ano 2000, as empresas do setor perderam mais de US$ 1,7 trilhão em valor de mercado.
Resultados. O estouro da bolha forçou a revisão de regulamentações do mercado e a reorganização das empresas.

Crise Imobiliária — Crise atual pela qual passam os mercados mundiais. É a maior desde a de 1929.
Causas. Empréstimos que americanos tomaram para comprar imóveis ou hipotecaram os que já tinham. Em 2006, os preços desses imóveis desabaram e muitos mutuários deram calote.
Efeitos. A falta de confiança dos bancos "enxugou" o dinheiro do mercado e criou problemas de liquidez. Vários bancos quebraram. No Brasil empresas listadas na Bovespa sofreram fortes perdas.
Resultados. Entidades reguladoras coordenam as operações de salvamento e os EUA estudam novas regulamentações para o mercado de crédito imobiliário.