terça-feira, 2 de junho de 2009

Renovar frota de caminhões, ônibus e de carros para gerar mais empregos

Em continuidade ao seminário "O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento", realizado em março, vamos receber no próximo dia 5 de junho o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e o secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para organizar um grupo de trabalho sobre a indústria automobilística na região. O encontro, que terá o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, está sendo organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O momento é adequado porque tivemos tempo para refletir sobre os principais itens que debatemos em março, com o distanciamento suficiente também para avaliar a maturação da crise financeira mundial e os reflexos da renúncia fiscal que o governo federal adotou para o setor.
Descobrimos com a redução do IPI o impacto que a indústria automobilística causa em toda a cadeia produtiva. E, agora, a partir da criação do grupo de trabalho sobre a indústria automobilística gostaríamos de colocar em pauta os seguintes temas:

a) Financiar caminhões para caminhoneiros autônomos - Criar linha de crédito, com apoio do FAT - Fundo de Amparo do Trabalhador -, para renovar a frota dos caminhoneiros autônomos. Recentemente, o Codefat autorizou, com ajuda da Força Sindical, a criar uma linha de crédito de R$ 100 milhões para o financiamento de motos novas para os motoboys. É questão apenas de incluir os caminhoneiros autônomos, que, a exemplo dos motoboys, necessitam do veículo para sua sobrevivência. Segundo dados do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Carga, 84% dos transportadores são autônomos e detêm mais da metade da frota brasileira. Estima-se que a frota mundial de caminhões seja responsável por 24% da emissão de CO2. Imagine qual deve ser a nossa contribuição para emissão de CO2 com uma frota de caminhões com uma média de 18 anos de vida?
b) Incentivar a renovação das frotas de ônibus e de caminhões - Com a renovação das frotas, combinada com o financiamento dos caminhoneiros autônomos, teríamos condições de impactar positivamente a qualidade de nossa frota, incentivar a substituição de automóveis particulares por transporte público e reduzir o impacto no meio ambiente;
c) Renovar a frota de carros de passeio - Cerca de 55% da frota nacional de veículos tem mais de dez anos. Ao incentivar a renovação, os ganhos, além do aquecimento da economia e dos empregos gerados, seriam percebidos na redução dos engarrafamentos nos grandes centros e no impacto junto ao meio ambiente. A frota nova viria com a tecnologia flex e com o incentivo de uso de álcool, que só o Brasil poderia fazer em larga escala, com reflexos diretos na proteção ao meio ambiente;
d) Grande impacto na geração de emprego - As propostas apresentadas têm como objetivo reaquecer a economia em todos os setores, gerar empregos dentro e fora da cadeia produtiva da indústria automobilística e reduzir a emissão de CO2 para proteger o meio ambiente.
Eis as nossas reflexões e sugestões para serem devidamente analisadas pelos companheiros e companheiras que se reunirão no dia 5 com o ministro Miguel Jorge e com o secretário Geraldo Alckmin.