quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Governar é dividir responsabilidades

A atual etapa da crise financeira mundial surgiu de um impasse entre os dois partidos majoritários nos Estados Unidos, os Democratas, do presidente Obama, e os Republicanos, que atualmente fazem oposição. Na discussão em torno do aumento do teto da dívida norte-americana, os dois partidos se de­gladiaram até o último minuto do tempo previsto para se confirmar a ampliação do teto da dívida e garantir, assim, a possibilidade de os Estados Unidos conti­nuarem a pagar seus compromissos.O resultado foi o rebaixamento da clas­sificação dos país que foi considerado como um potencial risco para as fi­nan­ças mundiais. A consequência todos conhecemos. As bolsas do mundo intei­ro despencaram. E uma nova crise mun­dial se instalou. Ameaçando, inclusive, a economia brasileira e nossos empregos.Nesta semana, a presidente Dilma ve­tou o aumento real para os aposentados. Foi o suficiente para a gritaria geral, inclusive a dos dirigentes sindicais. Pois é justo, sim, dar aumento real para resgatar o valor das aposentadorias, conti­nuamente achatadas em nome de uma suposta falência da Previdência Social. Falência para a qual os trabalhadores nun­ca contribuíram, mas que tiveram o voto direto de muitos dos atuais deputados federais e senadores, que apoiaram Fernando Henrique Cardoso na implantação do Fator Previdenciário.Quando afirmamos que a Previ­dência está supostamente falida é por­que nos lembramos que em 27 de julho, o próprio ministro Garibaldi Alves, da Previdência, anunciou que o órgão es­pera fechar 2011 com o menor déficit dos últimos anos, porque a arrecadação está aumentando mais que as despesas. Só nos seis primeiros meses, a receita foi 9,3% maior que no 1º semestre de 2010. Ou seja, não engolimos mais o argumento da falência da Previdência para justificar, inclusive, o veto da pre­sidente Dilma.Mas na hora da discussão responsá­vel, em vez de se compartilhar a responsabilidade entre Congresso e Executivo, o que acompanhamos, infelizmente, é parte do Congresso apoiando, entre as­pas, o reajuste real das aposentadorias pa­ra pressionar o Executivo a vetar e se desgastar.E, após o desgaste, ser obrigado a voltar a negociar com esta banda impatriótica do Congresso o voto numa nova solução. Tentam, ainda, usar a opinião pública e os trabalhadores e aposentados como massa de manobra, para saírem de santinhos dessa ópera dos malandros.Por isso, nosso alerta. Somos a favor do reajuste real das aposentadorias. É fator essencial de distribuição de renda e de respeito aos acordos que os traba­lhadores firmaram e cumpriram ao lon­go de mais de três décadas.Mas deixamos claro que a responsa­bilidade tem que ser compartilhada entre Poder Executivo e Congresso. Senão, corremos o risco de transformar as apo­sentadorias em ponto de apoio para se realizar as nefastas manobras entre os dois poderes. Correndo o risco de se criar uma enorme crise que continuará a afetar os aposentados e pensionistas.Exigimos responsabilidade e patriotismo do Congresso Nacional e do Po­der Executivo. Chega de usar nossas ne­cessidades como apoio às manobras vergonhosas. Políticos brasileiros que, a exemplo de seus colegas norte-americanos, não medem consequências e po­ dem, inclusive, nos empurrar para uma crise na Previdência. Uma crise absolutamente evitável com bom senso, patriotismo e responsabilidade compartilhada.
Cícero Martinha,presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Você conhece Mauá?

Uma pesquisa rápida na internet, no site Wikipedia, nos traz as seguintes informações sobre Mauá:
“ Mauá é um município do estado de São Paulo, da Região Metropolitana de São Paulo, pertencente à região do ABC Paulista. A densidade demográfica é de 6.463,7 hab/km². Porém, a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. É o 23° município do estado em PIB e o 11º em população, com 417.458 habitantes. Mauá está entre as 50 cidades mais populosas de todo o Brasil.”
O Produto Interno Bruto, calculado pelo IBGE em 2008, é de R$ 5,676 bilhões. O que garantiria a cada um dos 417.458 habitantes de Mauá a renda per capita de R$ 13.752,84. O que não é pouco.
Resta saber se você, como morador da cidade, tem a consciência de viver em uma das cidades mais ricas do Brasil, pois Mauá é o 23° município no total da riqueza que acumula durante um ano, o que é usado para definir o Produto Interno Bruto.
Essa riqueza não precisa ser ostentada com o prefeito andando de helicóptero ou de avião particular mas pela infra-estrutura da cidade, suas avenidas e ruas em ótimo estado.
Temos que perceber que vivemos numa Mauá que tem recursos pela qualidade do atendimento médico nos postos de saúde. E pela Educação que a prefeitura repassa para nossos filhos nas suas escolas municipais.
Se você souber vigiar, de perto, a riqueza de sua cidade, com certeza vai poder ter uma influência decisiva no momento de escolher os futuros administradores de tamanha riqueza.
E, mesmo antes de poder escolher os novos dirigentes, já pode exigir que sejam adotadas novas atitudes administrativas a favor da cidade. Pois, já sabemos que Mauá tem uma renda que permite garantir um padrão de vida de médio para cima.
O que você acha?
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá