segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mãe pátria

Mãe pátria
Depois de tantos séculos em que o Brasil foi comandado por uma elite egoísta e indiferente com os destinos de seu povo, em que a escravidão era algo considerado natural e a pobreza absoluta fazia parte dos destinos da grande maioria do nosso povo, fomos perdendo, acredito, a fé em nossa Mãe Pátria.
Éramos, nós trabalhadores e pagadores de impostos, como filhos enjeitados. Que tinham que se esforçar para escapar da crueldade de vários governos que nos deixavam à míngua sem garantia da próxima refeição, sem esperança de um futuro digno para nossos filhos e netos.
Desde 1985, após a redemocratização do Brasil, começamos, de novo, a pertencer ao Brasil. Somos ouvidos através do nosso título de eleitor. Temos presença no mercado consumidor ao investir aqui nossa renda, tão suada, ganha atavés de salários muitas vezes insuficientes para a gente vencer o mês em paz.
Mas estamos presentes, cada vez mais, nas decisões políticas adotadas por nossos dirigentes políticos. Com Lula, sentimos o gostinho de voltar a ter nossas necessidades atendidas. Com mais renda e com o apoio do Bolsa Família no campo, pudemos olhar para o futuro com a cabeça erguida.
Conquistamos pela primeira vez o gostinho de ter uma Mãe Pátria. E podemos agora, neste Dia das Mães que se aproxima, quando temos a primeira mulher na presidência do Brasil, confiar nosso destino à nossa Mãe Pátria.
E, pela primeira vez também nos mais de cinco séculos deste País, trocamos ideias com nossos companheiros de sindicato, de fábrica e de condução com o propósito de contribuir para melhorar nossas condições de vida e de esperança.
Sim, temos agora uma Mãe Pátria. E podemos confiar que nossas contribuições serão aceitas. Por isso, cada vez mais insistimos, com a alma aberta, que é o momento de se investir com grandeza na Educação de nossos filhos e netos. E na qualificação profissional de nossos homens e mulheres que estão, agora, na ativa.
É hora de proteger nossa Saúde, de controlar os corruptos para sobrar dinheiro para se investir na Segurança Pública.
Queremos tão pouco desta nossa Mãe Pátria. E entregamos tudo o que temos. Nosso sangue, suor e lágrimas. Nossas vidas e a vida dos nossos filhos. E, só agora, quando já percebemos o vigor de nossa democracia e a aceitação dos nossos pontos de vista, que podemos orgulhosamente nos jogar nos seios de nossa Mãe Pátria.
Vamos aproveitar o próximo Dia das Mães e cantemos, orgulhosos: “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!”
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá