terça-feira, 10 de abril de 2012

Querem detonar Previdência e o SUS

O Brasil se moderniza a cada dia. Para muitos brasileiros (e brasileiras) essa modernização gera comparações com os ditos países do primeiro mundo.
E tem muito a ver com uma melhor distribuição de renda, comprovada pelo fato de que a diferença entre os salários mais baixos e os mais altos, dentro de uma mesma empresa, estão diminuindo cada vez mais. O que é muito bom.
Temos tido ganho de renda ao combinar os salários, aposentadorias e pensões que sofreram um impacto positivo com os continuados aumentos reais do salario mínimo.
Mas...
Os grandes grupos econômicos mundiais estão de olho em nossa economia interna. E além de empurrarem mercadorias e quinquilharias para nosso mercado interno, estão de olho, também na reformulação das nossas aposentadorias e na precarização dos nossos serviços médicos.
O que esses grandes grupos internacionais querem, e trabalham ferozmente para conseguir seus objetivos, é detonar de vez a saúde pública brasileira. Que já é bastante precária e substituí-la por um sistema pago que quase que arruinou a vida dos trabalhadores e cidadãos norte-americanos. Lá nos Estados Unidos ou você paga convênio ou nem mesmo é atendido pelos hospitais mesmo em casos graves.
De quebra, querem que o governo brasileiro rompa, unilateralmente, os acordos confirmados pela nossa Constituição, que nos garante aposentadorias depois de uma contribuição de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.
O que os grupos econômicos internacionais querem é que entreguemos nossas vidas para o sistema produtivo e que sejamos obrigados a trabalhar até a véspera da morte. E que sejamos obrigados a complementar nossas aposentadorias através da Previdência Privada.
Se nada fizermos, esse pessoal vai acabar impondo suas vontades. É importante que estejamos alertas e dispostos a exigir uma posição clara dos nossos políticos na defesa e proteção da nossa Previdência e da nossa Saúde Pública, que mesmo precariamente, se sustenta através do SUS – Sistema Único de Saúde.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá