quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mães da Mauá ganham creches para os filhos, nas férias

Por iniciativa do vereador Edgard Grecco Filho (PDT) e com o apoio e compreensão cívica do prefeito Oswaldo Dias (PT) as mães de Mauá terão onde deixar suas crianças no período de férias, enquanto trabalham.
É uma equação cidadã simples de se perceber e se resolver quando se encontram a iniciativa de um legislador, no caso o vereador Grecco, com a vontade política de um prefeito, no caso Oswaldo Dias, que acatou a determinação da juíza Carolina Bertholazzi, da Vara da Infância e Juventude de Mauá.
A grande torcida, agora, é que o exemplo de Mauá se alastre por todas as cidades brasileiras. Que têm o estranho hábito de manter as creches funcionando em horários que ajudam mas não completamente as mães que trabalham. Ou abrem suas portas muito tarde, por volta das 8 horas da manhã, o que inviabiliza os horários de trabalho. Outras não abrem aos sábados, nem pelas manhãs. E a totalidade fecha nas férias.
A iniciativa do vereador Grecco, apoiada pela assinatura de 323 mães, honra o legislativo de Mauá. Que prova que há espaço sim para a cidadania plena e pela defesa dos interesses das mães que trabalham e da proteção aos seus filhos.
Porque sem as creches municipais ou conveniadas a alternativa seria deixar as crianças em abrigos improvisados, presas dentro de casa ou por conta de vizinhos ou parentes ou mesmo nas ruas, sujeitas a todas as inseguranças.
Infelizmente, o Conselho Nacional de Educação, distante da realidade das famílias trabalhadoras, aprovou parecer que orienta creches de todo o País a não oferecer atendimento durante as férias.
Trata-se de um artifício burocrático, supostamente em nome da permanência das crianças com as famílias. Vamos insistir junto ao ministro Fernando Haddad que não homologue tal decisão.
As mães trabalhadoras têm a creche como a extensão de suas casas. Por se tratar de um ambiente seguro e que garante às crianças além da convivência social, o acompanhamento educacional. Enquanto que as mães e, muitas vezes os pais, podem trabalhar com mais tranquilidade. Para garantir o sagrado pão de cada dia.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Reforçar as campanhas salariais do 2° semestre para fazer as contas fecharem

Estamos no início da temporada das campanhas salariais do segundo semestre. É quando nossa categoria define o quanto ganharemos no próximo ano. A diretoria do Sindicato já está preparada, com números sólidos em mãos, pronta para enfrentar longas e decisivas reuniões que confirmarão nossa mobilização e se transformarão em ganhos salariais.
É esse um dos principais papéis do Sindicato, ou seja, buscar sempre valorizar os salários. Sem deixar de lado nossas preocupações com as conquistas que também nos interessam que são as 40 horas semanais, sem redução dos salários. A regulamentação da terceirização sem precarização dos salários e das condições de trabalho. E a imensa batalha pelo fim do Fator Previdenciário que corrói nossas aposentadorias..
Mais recentemente estamos tendo que equacionar a retomada da inflação que tem corroído nossos ganhos salariais conquistados no ano passado. Os registros oficiais já apontam inflação superior a 6% no primeiro semestre deste ano. O que tem afetado nossa renda familiar e nossa capacidade de quitar nossos compromissos.
Os patrões sabem que a melhor mobilização dos trabalhadores é feita pelo bolso. Já perceberam nossa determinação de sanar os rombos que estamos sofrendo em nossas contas. E tentam conter nossa organização, em torno do Sindicato, para as campanhas salariais de fim de ano.
Argumentam, através de seus porta-vozes dentro da fábrica ou através da grande imprensa que reajuste de salário gera inflação. Tentam nos desestimular a apoiar as continuadas negociações que o Sindicato já inicia para fechar acordos que nos sejam favoráveis, ou seja, com reposição da inflação mais aumento real de salário.
O que nos motiva a participar das assembleias nas fábricas ou no Sindicato é o estouro do calote que afeta cada uma de nossas famílias. Segundo a Serasa Experian, o calote com as dívidas com cartão de crédito, lojas e prestadoras de serviço tiveram um aumento de 22,3%.
É uma situação preocupante pois o crédito faz parte do nosso dia-a-dia. E a alternativa mais viável é renegociar os salários que ganhamos atualmente. Calcular direitinho o quanto a inflação já corroeu de nossos ganhos e negociar a reposição mais aumento real.
Desta maneira, chegaremos em dezembro com as contas mais ou menos em dia. E com o empurrão que receberemos do 13° salário, conseguiremos fechar o ano sem as dívidas que tanto nos incomodam.
Para tanto, temos que continuar mobilizados. E deixar claro para os patrões que apoiamos, sim, as negociações salariais de nosso Sindicato.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá