quarta-feira, 16 de novembro de 2011

2011

Superamos mais de um décimo do Século 21, que continuará a ser social, economica e socialmente muito diferente do Século 20 para a grande maioria dos brasileiros se soubermos consolidar os avanços sociais, políticos e econômicos que conquistamos até o momento.
Hoje acumulamos as condições de trabalhadores e de cidadãos com plenos direitos democráticos com a de consumidores cada vez mais necessários ao nosso mercado interno.
Cada vez mais grandes contingentes de brasileiros e brasileiras, de todas as raças e regiões, de todos os extratos sociais se integram ao mercado de trabalho e, em consequência, se tornam consumidores que ajudam o Brasil a conter os efeitos nefastos da atual crise financeira mundial.
Chegamos a esse estágio de desenvolvimento porque o povo brasileiro, especialmente os trabalhadores, soube manter a fé nas conquistas democráticas, através de eleições periódicas, que nos permitiram participar tanto do jogo democrático como das vitórias a favor da base da pirâmide social.
As conquistas que hoje nos aliviam e nos enchem de esperanças foram consolidadas com a eleição de Lula para a presidência da República. E tivemos, no Brasil, pela primeira vez em 510 anos, umex-metalúrgico que chegou ao mais alto cargo do País sem abandonar os compromissos assumidos com o seu povo.
E que conseguiu, com nosso apoio e voto, eleger Dilma Rousseff como sua sucessora e manter uma política econômica que protege nosso mercado interno em vez dos interesses dos especuladores e banqueiros internacionais.
Antes de Lula e Dilma qualquer crise internacional transformava nossa vida num inferno, com aumento estrondoso de juros, com altas taxas de desemprego, com redução das atividades econômicas.
Hoje, temos orgulho de um Brasil altivo e independente, que sabe proteger nossa indústria e nossos empregos, que adota atitudes que preservam nosso tecido social e que nos mantém continuamente esperançosos.
Mas ainda falta muito a ser feito a favor do nosso povo. A concentração de renda ainda nos preocupa muito, a educação precisa de investimentos permanentes e urgentes e a corrupção ainda é uma praga que consome nossos recursos públicos, tão necessários para recuperar nossa infra-estrutura, nossos hospitais e escolas.
Temos, portanto, neste fim de 2011 condições de refletir muito sobre as melhorias que conquistamos. E nos preparar para em 2012, mais um ano eleitoral, em contribuir para melhorar, um pouquinho que seja, a vida de cada um dos brasileiros e brasileiras que amam essa Pátria e a querem cada vez mais socialmente justa, livre e com um povo alegre mas também feliz.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Fé uns nos outros

Ter Fé em Deus faz parte de nossas vidas. Apesar de muitos só lembrarem de reforçar a Fé nas horas de dificuldades. Mas basta avaliar cada dia de nossas vidas e veremos pequenos milagres que nos mantêm vivos, protegem nossas crianças e nós mesmos de vários perigos. O que nos ajuda a manter a Fé tanto nas fases boas como nas fases ruins.
O grande problema é ter fé uns nos outros. Quando sabemos que juntos multiplicamos nossa força e se nos unirmos, de maneira consciente, ou seja, sabendo aonde queremos chegar, nossa força então não tem limites.
Mas tem sempre o outro no meio do caminho. E sempre somos cuidadosos demais, desconfiados a ponto de duvidar das intenções de um aliado que já é nosso amigo há vários anos.
O que cria entre amigos, parentes e até mesmo irmãos o vírus da desconfiança é queremos ter o controle absoluto de tudo o que participamos. É esse o vírus que abala toda e qualquer fé.
Se combinamos algo não temos paciência de esperar nosso amigo ou aliado buscar o resultado do jeito lá dele (ou dela). Ficamos ansiosos porque sempre achamos que o nosso jeito é melhor, mais rápido, mais eficiente.
E como a outra pessoa não é a gente, começamos a desconfiar primeiro do seu jeito de resolver o problema. Depois, perdemos a fé que o resultado alcançado foi satisfatório. E, pronto, está criado o ambiente para que o vírus da falta de fé prospere.
Lá se vai a amizade e o projeto. E todos nós saímos perdendo. É claro, as pessoas são falhas. Muitas vezes prometem e não conseguem cumprir o combinado. Mas se aprendermos a respeitar uns aos outros, a estabelecer acordos mínimos em que a todo momento nos lembremos do que foi combinado, acho que poderíamos melhorar, e muito, nosso desempenho social.
Sim, confiança e fé tem a ver com os avanços que conseguimos em nossa comunidade. Ao confiarmos de verdade em nossos amigos e vizinhos, vamos, juntos, desenvolver uma maneira de escolher para nos representar nas Câmaras de Vereadores, por exemplo, só aquelas pessoas nas quais confiamos plenamente.
Ao votarmos em quem confiamos, temos a vantagem de poder depois acompanhar o mandato do político. Porque todo voto vinculado à nossa fé e confiança, só vai durar enquanto o político que elegemos souber cumprir a sua parte no acordo. Que é nos ajudar a ter um governo honesto e transparente.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Taxa de juros real é a menor em 17 anos

Segundo notícia divulgada ontem pelo jornal “O Estado de São Paulo”, ficamos sabendo que com “a surpreendente decisão de cortar a Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no final de agosto, o BC desencadeou uma nova rodada de queda da taxa real de juros. De uma média de 6,1% em agosto, ela despencou para 4,7% em setembro e 4,5% em outubro.”
Como são feitas as contas: os juros prefixados de 360 dias entre grandes empresas e bancos ficaram em 10,5%. Deduzindo-se a expectativa de inflação do IPCA nos próximos 12 meses, de 5,7%, chega-se aos 4,5%, que é a taxa real de juros.
Com juros reais baixos, as empresas podem investir com mais tranquilidade na produção, principalmente, porque perdem o estímulo em obter ganhos financeiros com a especulação. É uma situação boa para o Brasil e para o nosso mercado interno, pois evita, também a transferência de renda dos bolsos dos consumidores (a maioria trabalhadores) acaba repassando para os cofres dos banqueiros com os juros embutidos nos preços das mercadorias.
Pois o juro alto que o industrial tem que pagar para manter suas fábricas funcionando nos chega embutido nos preços. Que com um mínimo de concorrência obriga as empresas a buscar alternativas para reduzir custos, já que não podem estabelecer os preços que gostariam.
Resultado: adota-se um permanente arrocho na folha salarial, prejudicando os pisos das categorias profissionais e se valendo, lamentavelmente, da rotatividade de mão de obra para contratar novos trabalhadores com salários inferiores aos que conseguimos estabelecer através das negociações coletivas.
Portanto, juros reais baixos interessa tanto aos empresários como aos trabalhadores e ao consumidor final.
É uma decisão patriótica do Comitê de Política Monetária (Copom) estimulado, claro, pelo chefe do Poder Executivo.
Por isso, basta acompanhar o que relata a reportagem do “Estado” e ver quem era o presidente da República na época.
O juro real brasileiro se manteve acima de 10% do início do plano Real até o final de 2003, início e fim do governo FHC. Nesse período, várias vezes a taxa real atingiu níveis estratosféricos, acima de 20% ou mesmo de 30%.
A partir de 2004, quando se inicia o governo Lula, o juro real oscilou bastante, mas com uma tendência geral de queda. A crise global de 2008 e 2009, porém, provocou uma redução mais forte do juro real, com a queda rápida da Selic, e em julho de 2009 chegou-se a um mínimo de 4,8%.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá