quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

As grandes decisões de 2014

O Brasil só será o País dos nossos sonhos sociais, com mais igualdade e justiça sociais, quando os políticos que nos governam se submeterem às nossas vontades. Como está na Constituição Federal que acaba de completar 25 anos: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”.
  























































































quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mandela vivo!

Precisamos manter Mandela vivo enquanto os negros e negras brasileiros continuarem a ser tratados como cidadãos de segunda classe. Num “apartheid” com jeitinho brasileiro, eficiente a ponto de manter seis de cada dez trabalhadores negros com rendimento que não ultrapassam dois salários mínimos.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A cada notícia ruim que você ler, ouvir ou assistir sobre o Brasil, geralmente, incentivadas e publicadas pela elite brasileira, através dos veículos de comunicação que controla, lembre-se: as elites brasileiras estão decepcionadas.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os trabalhadores e trabalhadoras do nosso setor são profissionais de padrão mundial. Em termos de responsabilidade com a qualidade final da mercadoria ou peças que produzem, se igualam, sem tirar nem por, aos principais executivos das empresas que nos contratam.
Têm consciência que cada peça produzida tem que ter padrão mundial. Sabem que depende deles a segurança do cliente que venha a usar a peça num veículo ou equipamento.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Sonhar com um Brasil sem racismo

Comemoramos nesta quarta, 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra. É uma data importantíssima que nos estimula a sonhar com um Brasil sem racismo, como afirmou nosso amigo e companheiro João Avamileno, que representou o prefeito de Santo André, Carlos Grana, em nosso evento.
A data registra, como todos sabemos, a morte de Zumbi dos Palmares. Líder negro que foi caçado e morto pelas forças de repressão do Império Português, em terras brasileiras, comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 20 de novembro de 1695.
Ser negro no Brasil de hoje, 318 anos após a captura, assassinato e decapitação de Zumbi, é repetir, todos os dias, em cada atividade essencial à sobrevivência, a mesma determinação que o líder do Quilombo dos Palmares adotou na sua luta pela dignidade, igualdade e, principalmente, pela liberdade.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), basta ser negro para aumentar em 8% o risco de ser vítima de homicídio. Caso o negro seja jovem, terá 3,7 vezes mais chances de ser assassinado do que ser for da raça branca.
E, se escapar da morte, corre sérios riscos de passar grande parte de sua vida nas prisões, pois, para cada dez encarcerados brancos, existem outros 15 da raça negra.
Essas estatísticas se refletem no subemprego, nos salários vergonhosos e nas péssimas condições de moradia a que são condenados negras e negros, de todas as idades e em todas as regiões brasileiras, 318 anos após Zumbi ou 125 anos após a formalidade que libertou os escravos assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888.

Construir os sonhos
Sonhar com um Brasil sem racismo é nosso principal estímulo. Um sonho que exige ação permanente, de olhos bem abertos, a partir de nossa estrutura sindical, nas organizações de moradores, nos partidos políticos e nas igrejas.
Para marcar com a presença da raça negra as lojas dos shopping centers, os aeroportos, as faculdades, as diretorias das empresas, as salas dos professores das universidades, faculdades e colégios.
Mas só vamos garantir a presença dos negros e negras em todos os escalões da nossa hierarquia econômica, política e social se mantivermos a luta contra a miséria em nosso País.
Ao resgatarmos os brasileiros e brasileiras da miséria, integraremos à nossa economia e à nossa convivência social, política e cívica, grandes contingentes de negros que continuam exilados e humilhados dentro do Brasil.
E que ainda são mantidos distantes de uma vida digna, sem acesso a Saúde, à Educação e às oportunidades que lhes garantam a dignidade pela qual Zumbi dos Palmares deu a própria vida

Cícero Martinha
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Arrocho da massa salarial ameaça futuro do Grande ABC

 Desde a década de 50, com a instalação da indústria automobilística (incentivada pelo governo Juscelino Kubitschek) acumulamos muita riqueza na região.
De acordo com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, somos o quarto maior PIB no Brasil, superando os 70 bilhões de reais anuais, de acordo com o último levantamento, de 2008.
 Somadas as riquezas geradas pelas sete cidades que compõem a região (Santo André, Mauá, São Bernardo, Diadema, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), o Grande ABC fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
 Uma riqueza construída por uma população que supera os 2,6 milhões de habitantes, que têm hoje à sua disposição 12 shopping centers para se tornarem consumidores, além de trabalhadores e cidadãos.

Arrocho na massa salarial
 Mas todo esse vigor econômico está ameaçado pelas atitudes inconsequentes e quase irresponsáveis de grandes setores empresariais que enriqueceram aqui no Grande ABC.
Cada vez mais as empresas contratam especialistas para arrochar a massa salarial de seus trabalhadores e trabalhadoras.
 Em vez de apostar na competitividade com investimentos em Educação, Qualificação e agregação de tecnologia de ponta, nós do Sindicato percebemos estratégias deliberadas de arrocho da massa salarial. 

Como? 
As negociações de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) são cada vez mais dificultadas pelas empresas, apesar dos lucros que acumulam.
 Na Campanha Salarial, a reposição da inflação, com aumento real, é outra batalha que nos consome meses e meses de mobilização e negociação.
 Ao longo do ano, logo após o encerramento da Campanha Salarial, entra em cena a rotatividade sistemática, e, segundo o Dieese, mais de 40% da nossa força de trabalho é substituída por salários inferiores, achatando miseravelmente os pisos salariais na região.
 E, para piorar, há uma política deliberada das empresas da região de dificultar o repasse dos abonos salariais que já é uma tradição para milhares de trabalhadores.
 O abono salarial faz parte de nossa cultura de fim de ano. É com essa grana extra que fechamos nossas contas, renegociamos nossas dívidas e somamos ao 13º salário (ou ao que restar dele) para garantir uma ceia mais alegre para nossas famílias.

Riqueza regional comprometida
Com o arrocho proposital em nossa massa salarial, a riqueza do Grande ABC seguirá cada vez mais ameaçada. Porque toda a grana que os trabalhadores recebem de salários, PLR e abono gastam aqui mesmo na região.
Estima-se que só de 13º salário um montante de meio bilhão de reais passará pelos bolsos dos trabalhadores a caminho das lojas, dos restaurantes e do comércio local.
Mas a se manterem as atuais políticas de arrocho da massa salarial, quando muitas empresas da região agem de maneira irresponsável concentrando rendas e desrespeitando seus principais aliados, que são os trabalhadores, tememos pelo futuro do Grande ABC.
 Os 12 shoppings continuarão a existir, por certo. Mas viverão às moscas. Pois trabalhador com o dinheirinho contado, arrochado pela falta de abonos salariais e sendo obrigado a conviver com PLR Merreca, não consome. E sem consumo, corremos o risco de nos transformar numa Grande Detroit.
 Detroit era uma das regiões mais prósperas nos Estados Unidos, em função da indústria automobilística. Mas que veio a decretar falência em função da irresponsabilidade das empresas locais que não souberam acompanhar os tempos modernos.
Por isso, nossa Campanha Salarial continua. E vamos por pra moer para cima das empresas que se recusam a negociar abonos salariais. Afinal, não queremos que o Grande ABC se transforme numa Grande Detroit. 

Cícero Martinha Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Agenda 2014: Tanto quanto a Copa, vamos conquistar um novo Brasil Os trabalhadores do mundo inteiro (incluindo, aí, os metalúrgicos de Santo André e Mauá) são os construtores do futuro. Sempre. Quando a matéria prima chega em nossas mãos, as moldamos com nossa energia e o controle de maquinários às necessidades futuras dos consumidores. É desse esforço continuado que as organizações que nos contratam extraem a riqueza que geramos e nos repassam na forma de salários, uma parte muito pequena dessas riquezas que criamos. Estamos ainda nos finalmente da Campanha Salarial 2013. E se nos animamos com a conquista de aumento real em torno de 2%, já estamos de olho em nosso futuro e do Brasil, no ano que se aproxima. Por isso, 2014 já está em nossa agenda. E tanto quanto a conquista da Copa do Mundo, que está em nossos corações, vamos nos manter mobilizados para conquistar um novo Brasil, com mais educação, mais segurança e mais saúde. Em 2014, continuamos atentos às nossas principais bandeiras sociais, políticas e econômicas. Por exemplo, temos certeza de que salário não é renda. Mas, infelizmente, até mesmo os governos Lula e Dilma precisam ser pressionados para atualizar rapidamente a Tabela do Imposto de Renda, defasada em 62,77%. O que significa uma punição extra aos nossos salários, que se junta à nefasta rotatividade que subtrai em poucos meses nossos ganhos salariais e mantém nosso piso salarial sempre arrochado. Como construtores do futuro estamos de olho nos dois principais eventos de 2014. Teremos a Copa do Mundo. Teremos também eleições para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. É muito fácil identificar o que queremos. Basta olhar para as nossas carências absolutas como Educação, Saúde, Segurança e Saneamento. É mais fácil ainda combinar nossa energia e determinação que já provamos no futebol com a necessidade inadiável de construir um Brasil mais eficiente, mais competitivo, que gere mais oportunidades para nossos filhos e netos. Em 2014, vamos combinar nossas energias em torno da Copa do Mundo com a marcação cerrada sobre os candidatos que se apresentarem na busca de nossos votos. Estamos mais do que vacinados contra os discursos vazios e as manipulações costumeiras dos órgãos de comunicação a serviço das elites. E se os ocupantes dos atuais cargos não conseguirem provar competência administrativa, com o que se empenharam no exercício de suas funções, com certeza serão substituídos. E os que buscam nos representar é bom que se preparem, de verdade, para defender o Fim do Fator Previdenciário, os investimentos de curto prazo em infraestrutura. A melhoria dos salários dos educadores. Mais eficiência no sistema de saúde, da segurança pública e do saneamento básico. Essa pauta faz parte do nosso dia a dia. E para que os candidatos do próximo ano ajustem seus discursos, basta que visitem nossos bairros periféricos. E serão lembrados de seus compromissos a cada esgoto a céu aberto, a cada criança abandonada, a cada pai e mãe desesperado com o futuro de seus filhos. Fica aqui, pois, nosso alerta. Como construtores do futuro, votaremos de olho no futuro de qualidade para nossas famílias. Cícero Martinha Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Campanha Salarial 2013: Agora, a hora da colheita, se o Imposto de Renda deixar Estamos nos finalmente de nossa Campanha Salarial de 2013. Os patrões espernearam, mas conseguimos uma negociação satisfatória com os seis grupos empresariais do setor e cravamos reajustes em torno de 8% com um aumento real superior a 2%, dependendo dos cálculos finais da inflação do ano que se encerra em nossa data-base. O principal diferencial de nossa Campanha Salarial 2013 foi termos conseguido convencer os empresários do setor, com a participação da Federação dos Metalúrgicos, que era possível fechar um acordo razoável, sem ter que ir para as vias de fato de uma greve. O que mostra que nossa categoria conseguiu provar, dentro e fora das fábricas, que estamos mobilizados e conscientes de nossa importância estratégica para a manutenção do fluxo produtivo das empresas que nos empregam. Nem mesmo começamos a fazer nossas contas do dinheiro que passará pelos nossos bolsos e que reaquecerão a economia no final de ano, e cai no nosso radar a famigerada defasagem da tabela do Imposto de Renda. Segundo cálculos do Dieese, a defasagem da tabela do IR chega a 62,77% entre janeiro de 1996 e dezembro de 2012. “Corrigir a tabela é uma questão de justiça social. Os reajustes salariais estão sendo corroídos pelo Imposto de Renda”, explica o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Temos que manter a nossa mobilização para convencer o governo da presidenta Dilma que “salário não é renda”. E que é absolutamente necessária a correção da tabela do Imposto de Renda que ainda registra a fantasiosa meta de inflação de 4,5% ao ano. Com os reajustes que conseguimos a duras penas, mais o décimo terceiro salário de dezembro, o que deveria confirmar nossa alegria em família, se transformará em decepção ao percebemos a mordida do Leão. Que arrancará pedaços expressivos de ganhos que são fruto de muito esforço e necessários para garantir um mínimo de qualidade em nossas vidas. Porque cada Real que o Imposto de Renda nos subtrai, através de uma tabela defasada, fará falta para nossa família. O mais constrangedor para nós metalúrgicos, que ajudamos a gerar riquezas para o Brasil, é termos consciência de que a imensa maioria dos empresários sequer prestam contas com a Receita Federal. Apesar de serem os donos das indústrias e seus acionistas a parte da elite que acumula rendas com a exploração do nosso trabalho em suas fábricas. Por isso, na assembleia de encerramento da Campanha Salarial 2013 já lançamos a agenda para as próximas etapas de luta. Primeiro, cerraremos fileiras imediatamente pela atualização da Tabela do Imposto de Renda, defasada em 62,77%. E em seguida, começaremos nossa mobilização para a Campanha Salarial de 2014, pois temos muito a recuperar no valor dos nossos salários e, especialmente, do nosso piso salarial. Sem nos esquecer da ameaça da Lei da Terceirização que, por enquanto, conseguimos parar no Congresso Nacional, mas que com certeza, voltará para a pauta dos empresários e do Congresso no próximo ano. Com uma ameaça direta aos nossos ganhos salariais e aos direitos trabalhistas, duramente conquistados por toda a classe trabalhadora brasileira. Cícero Martinha Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.