sexta-feira, 23 de abril de 2010

40 horas semanais é mais empregos e muito mais crescimento econômico

A campanha pelas 40 horas semanais, sem
redução dos salários, enfrenta as resistências de um
patronato que, infelizmente, perdeu a noção dos
próprios inte resses estratégicos. São maus patrões
que montaram suas empresas à sombra de um mercado
interno fra gilizado, com pouca participação dos
trabalhadores no consumo.
São empresários que se viciaram em empurrar
mercadorias e a transferir suas rendas para fora do
País, e que perderam o pé da realidade de um novo
Brasil que conta, hoje, com mais de 30 milhões de
novos consu midores e com uma perspectiva de transformar
cada um dos seus cidadãos em consumidores.
Pois bem, quando mapeamos os setores contra a
redução da jornada para 40 horas, sem redução dos
salários, lá estão esses maus empresários.
Basta um pouco de bom senso e a capacidade de
antecipar o que vai acontecer com a economia
brasileira para fazer as contas certas e descobrir que
a redução da jornada vai gerar mais 2 milhões de
novas vagas. Ou seja, um reforço adicional ao mercado
consumidor, com mais famílias consumindo, com
mais dinheiro circulando e com a perspectiva de
lucros para as empresas, mesmo as que são pessimamente
admi nistradas por esses empresários do atraso.
Além do reforço no mercado interno, a redução da
jornada ajudará a família a ter mais tempo com seus
fi lhos e filhas, a acompanhar sua educação, a evitar
que as crianças fiquem jogadas e abandonadas nas
ruas. Gerando um ganho enorme na formação e qua -
lificação dos jovens, que serão os trabalhadores e traba
lhadoras do amanhã, e uma rápida redução nos
níveis de violência.
Porque nossos filhos não ficarão mais expostos aos
apelos dos criminosos, enquanto nós continuamos presos
dentro das fábricas, dos escritórios e das conduções.
Teremos, também, o ganho de qualidade de
vida social. Com muito mais interação entre os
cidadãos nos seus bairros, nos seus clubes, nos seus
sindicatos. Ajudando a construir um novo Brasil, mais
rico e mais civilizado. São estes aspectos que estão em
jogo quando insistimos na redução da jornada para 40
horas, sem redução de salários. Os patrões antenados
com o futuro e com o interesse no crescimento das
próprias empresas já entenderam. Mas ainda temos
muito patrão atrasado atrapalhando o processo histórico.
Mas, nós, trabalhadores e cidadãos unidos, os
venceremos.

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