quinta-feira, 14 de julho de 2011

Reforçar as campanhas salariais do 2° semestre para fazer as contas fecharem

Estamos no início da temporada das campanhas salariais do segundo semestre. É quando nossa categoria define o quanto ganharemos no próximo ano. A diretoria do Sindicato já está preparada, com números sólidos em mãos, pronta para enfrentar longas e decisivas reuniões que confirmarão nossa mobilização e se transformarão em ganhos salariais.
É esse um dos principais papéis do Sindicato, ou seja, buscar sempre valorizar os salários. Sem deixar de lado nossas preocupações com as conquistas que também nos interessam que são as 40 horas semanais, sem redução dos salários. A regulamentação da terceirização sem precarização dos salários e das condições de trabalho. E a imensa batalha pelo fim do Fator Previdenciário que corrói nossas aposentadorias..
Mais recentemente estamos tendo que equacionar a retomada da inflação que tem corroído nossos ganhos salariais conquistados no ano passado. Os registros oficiais já apontam inflação superior a 6% no primeiro semestre deste ano. O que tem afetado nossa renda familiar e nossa capacidade de quitar nossos compromissos.
Os patrões sabem que a melhor mobilização dos trabalhadores é feita pelo bolso. Já perceberam nossa determinação de sanar os rombos que estamos sofrendo em nossas contas. E tentam conter nossa organização, em torno do Sindicato, para as campanhas salariais de fim de ano.
Argumentam, através de seus porta-vozes dentro da fábrica ou através da grande imprensa que reajuste de salário gera inflação. Tentam nos desestimular a apoiar as continuadas negociações que o Sindicato já inicia para fechar acordos que nos sejam favoráveis, ou seja, com reposição da inflação mais aumento real de salário.
O que nos motiva a participar das assembleias nas fábricas ou no Sindicato é o estouro do calote que afeta cada uma de nossas famílias. Segundo a Serasa Experian, o calote com as dívidas com cartão de crédito, lojas e prestadoras de serviço tiveram um aumento de 22,3%.
É uma situação preocupante pois o crédito faz parte do nosso dia-a-dia. E a alternativa mais viável é renegociar os salários que ganhamos atualmente. Calcular direitinho o quanto a inflação já corroeu de nossos ganhos e negociar a reposição mais aumento real.
Desta maneira, chegaremos em dezembro com as contas mais ou menos em dia. E com o empurrão que receberemos do 13° salário, conseguiremos fechar o ano sem as dívidas que tanto nos incomodam.
Para tanto, temos que continuar mobilizados. E deixar claro para os patrões que apoiamos, sim, as negociações salariais de nosso Sindicato.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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