segunda-feira, 21 de março de 2011

Campanhas salariais fervem na região

Campanhas salariais fervem na região
Até o fim deste mês algumas categorias trabalhistas da região definem suas campanhas salariais. Frentistas, funcionários das indústrias farmacêuticas e profissionais de TI (Tecnologia da Informação) já possuem calendário de negociações.
Os trabalhadores do setor farmacêutico, com data-base em 1º de abril, terão reuniões com a classe patronal nos dias 24, 25, 29 e 30 deste mês. "Temos quatro dias para fecharmos acordo, mas ainda não definimos a data para levar a proposta a assembleia", conta o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart.
Os 2.000 trabalhadores da base reivindicam elevações dos salários (aumento de 13%, sendo 6% de reajuste real e o restante de reposição de inflação) e piso (que está em R$ 835), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 2.000 para todos os trabalhadores (hoje em R$ 1.200), vale-alimentação (atualmente em R$ 90); acesso a medicamentos e licença-maternidade de 180 dias.
No caso dos frentistas, cuja data-base é 1º de março, uma reunião com os donos de postos de combustível foi novamente agendada, junto ao sindicato, para semana que vem.
"Não há um dia certo, mas esse foi o prazo que os empresários pediram para formalizar contraproposta. Em reunião realizada nesta semana, não aceitamos as medidas que os empresários propuseram, já que não eram condizentes com o que pedimos", afirma o presidente do Sindicato dos Frentistas do ABC, Miguel Gama Neto.
Neste ano, a categoria solicita 5% de reajuste real (além da reposição da inflação); PLR - benefício esse que ainda não foi conquistado -; melhoria do tíquete-refeição (de R$ 8,20/por dia para R$ 12/por dia) e reajuste do piso salarial, de R$ 669 para R$ 800.
JUSTIÇA - Durante reunião de conciliação realizada ontem entre o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) e a entidade patronal, a procuradora regional do trabalho, Laura Martins Maia de Andrade, pediu ao sindicato que adie o início da paralisação até terça-feira, quando será feita nova audiência com o objetivo de chegar a um acordo. Mesmo assim, estado de greve dos trabalhadores de TI permanece.
A paralisação foi decreta no sábado (12), em assembleia com trabalhadores da base. "Os empresários precisam entender que os trabalhadores sabem exatamente o que querem. Nós estamos prontos para paralisar empresa por empresa", ameaça o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Segundo ele, as companhias não propuseram cláusulas que atendam às reivindicações - 11,9% de aumento salarial, desenvolvimento de plano de PLR, auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos.
A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo. O Grande ABC corresponde a 15% do total, o que representa 13,5 mil trabalhadores.
Metalúrgicos de Santo André e Mauá negociam PLR
Metalúrgicos de Santo André e Mauá já iniciaram as negociações da PLR deste ano. Os acordos, feitos com as cerca de 300 indústrias instaladas entre as duas cidades, devem ser fechados até o fim do primeiro semestre, e estão em andamento.
No ano passado, o benefício somou R$ 40 milhões nos bolsos dos metalúrgicos de Santo André e Mauá - levando em conta que o valor da PLR variou entre R$ 1.000 e R$ 4.000 para cada funcionário. A base da categoria é de 25 mil funcionários entre os dois municípios.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha, as negociações são demoradas, por isso a antecipação.
Ele acrescenta que a pauta com a reivindicação já foi encaminhada aos patrões e que as comissões de trabalhadores irão negociar com os empresários. Os encontros entre as partes devem se concentrar em abril

Publicado por Tauana Marin no Diário do Grande ABC
sábado, 19 de março de 2011 7:30

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