sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Melhorar nossos salários para proteger nosso mercado interno

Entender os erros dos outros, depois que eles se revelam, até que não é muito difícil. Há uns 20 anos, as grandes empresas dos Estados Unidos e Europa começaram a fechar suas indústrias locais e mandar sua produção para os países asiáticos, onde a mão de obra era mais barata. E, em muitos casos, beirava a escravidão.
Hoje, as economias norte-americanas e europeias vivem numa recessão brava, pois seu sistema financeiro perdeu a sustentação da riqueza, que só a produção garante.
Enquanto o setor de serviços se expandia, os empregos existiam. Mas quando caiu por terra as bolhas da especulação financeira, os serviços foram reduzidos e sem emprego industrial, o desemprego atinge níveis assustadores nos Estados Unidos e na Europa.
Neste momento essas economias olham para o Brasil. Quem trazer para cá seus carros, produtos eletrônicos e quinquilharias. E levar daqui nosso minério de ferro, nosso petróleo, nossas riquezas naturais.
Mas, depois de muitos séculos, temos agora um governo que nos defende. E a presidente Dilma Rousseff “determinou aos ministros da área econômica que não se cansem de buscar formas de o Brasil se defender - e atacar, sempre que preciso - na guerra cambial. Ao mesmo tempo, o governo prepara mais medidas para fortalecer o sistema de defesa comercial”, conforme noticiou na segunda o jornal “O Globo”.
Defender nossa produção industrial e nosso mercado interno exige de cada um de nós, sejamos metalúrgicos ou empresários, a preocupação com o reforço da nossa produtividade e do consumo interno.
E ainda não inventaram outra maneira mais eficiente de reforçar o consumo interno do que a que se faz pela transferência de renda através dos salários.
Por isso, neste momento de crise mundial é a hora de empresários e lideranças sindicais negociarem reajustes salariais que nos tornem fortes o suficiente para continuar a defender o Brasil e seu mercado interno.
Como todos sabemos, uma corrente tem a força de seu elo mais fraco. Os trabalhadores se recusam a ser, de novo, esse elo mais fraco e a pagdarem, sozinhos pela crise, como aconteceu no governo FHC.
Agora, o governo brasileiro joga na defesa da nossa economia. Os juros vão continuar a cair e as medidas necessárias a proteger nosso mercado de consumo e de trabalho serão continuamente expandidas.
A cada um de nós cabe, portanto, apoiar o Sindicato e a Força Sindical nas negociações da Campanha Salarial 2011. Porque é através dos salários atualizados que teremos condições de fazer nossa parte no mercado interno.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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