sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os jovens desempregados e seus pais desesperados

Antes do governo Lula, o quadro do desemprego entre os jovens era assustador. Em janeiro de 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República, a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos, nas principais regiões metropolitanas do país, era de 20,8%. Ou seja, de cada cinco jovens nesta faixa etária, um estava desempregado.
Terminado o governo Lula, a situação melhorou muito. Até novembro do ano passado – último mês cujos dados sobre o desemprego foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a taxa de desocupação nas principais regiões metropolitanas entre pessoas de 18 a 24 anos era de 12,5%. Na faixa etária de 25 a 49 anos a taxa de desemprego caiu para 4,7%, o que significa tecnicamente situação de pleno emprego.
Melhorou. Mas de cada cem jovens, 12 estão fora do mercado de trabalho. Rapazes e moças que podem ser seu filho ou filha. E que você, como eu, está preocupado em buscar alternativas sociais e econômicas para a próxima geração.
O que falta para a gente ocupar estes jovens?
As famílias já estão no limite da exaustão financeira para sustentar seus filhos e ao mesmo tempo, ainda arrumar recursos para investir em cursos, faculdades e até mesmo em treinamento específico.
É o momento de ampliarmos o nosso horizonte de atuação e pressionar diretamente o poder público mais perto de nossas casas. Ou seja, as prefeituras e suas várias secretarias e autarquias.
Basta uma visita aos principais departamentos de administração pública, em quaisquer cidades brasileiras, e vamos constatar que apesar de todo o avanço democrático e da adoção de novas tecnologias, que há uma absoluta indiferença dos administradores públicos para com as preocupações das famílias e de seus filhos.
É possível, sim, mobilizar profissionais qualificados, professores universitários, consultores e especialistas para ajudar nossos jovens a se integrar ao mercado de trabalho.
Seja através do incentivo da oferta de estágios, do trabalho voluntário ou de seminários e workshops que lhes ensinem a postura e a atitude adequadas para se ajustarem ao novo mercado de trabalho.
Mas, exceto pelas medidas macroeconômicas que ajudaram a reduzir no governo Lula de 20,8% para 12,5%, o desemprego entre nossos jovens deixa para fora do mercado de trabalho um imenso contingente da futura geração.
Enquanto isso, os agressivos agenciadores do crime organizado, os traficantes de drogas dos mais variados tipos, agem de maneira sistemática para aliciar nossos jovens. Para desespero nosso, pais e mestres. Gerando um prejuízo irreparável na formação do tecido social brasileiro.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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