sexta-feira, 12 de agosto de 2011

40 horas semanais e Fim do Fator Previdenciário

Política é feita através de sinais coletivos. Foi o que conseguimos sinalizar com a mobilização que teve a Força Sindical e demais centrais, com o apoio de mais de 70 mil trabalhadores e trabalhadoras na semana passada, que paramos São Paulo numa manifestação que saiu do Pacaembu, foi até a Avenida Paulista e terminou na Assembléia Legislativa.
Marcamos no calendário político brasileiro a disposição da classe trabalhadora pelas 40 horas semanais, sem redução dos salários. Marcamos também nossa determinação em colocar um fim ao famigerado Fator Previdenciário que prejudica o aposentado e pensionista no momento mais frágil de suas vidas.
Conseguimos que o Palácio do Planalto percebesse nossa determinação. Até mesmo a presidente Dilma Rousseff recebeu Paulinho e as demais centrais pois seu governo percebeu nossa disposição.
Precisamos das 40 horas semanais para melhorar nossa qualidade de vida, diante de uma produtividade cada vez mais crescente. Necessitamos as 40 horas semanais para abrir vagas para mais 2 milhões de novos trabalhadores, que vão entrar no mercado de trabalho e transferir renda para a classe trabalhadora e para nosso mercado interno. Porque trabalhador gasta aqui dentro do país os seus ganhos.
Precisamos reduzir a jornada, sem reduzir os salários, porque é o consumo interno que sustenta as médias e pequenas empresas e as tornará mais fortes para enfrentar a concorrência dos predadores internacionais.
Além da redução da jornada para 40 horas, sem mexer nos salários, vamos continuar nossa batalha pelo fim do Fator Previdenciário. Não aceitamos trabalhar a vida inteira, cumprir nossa parte nos acordos que realizamos com a Previdência Social e depois de aposentado levar um balão em nossas contas.
Vamos, trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas continuar nossa guerra total contra o Fator Previdenciário. E nossa mobilização já provou para o governo da presidente Dilma que estamos dispostos a ir até o fim em nossas reivindicações.
Que são justas e possíveis. Que depende, apenas, de decisão política do atual governo para fecharmos o ano de 2011 com uma nova etapa em nossas conquistas trabalhistas. Para nós, as 40 horas semanais vão se equivaler às principais conquistas que já realizamos com o 13o. salario, as férias, a licença maternidade e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Temos certeza que a presidente Dilma já percebeu que fará seu governo entrar para a História, como fez o ex-presidente Lula, ao afinar suas políticas sociais e trabalhistas com as vontades da classe trabalhadora brasileira.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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