segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Emprego para os jovens, já!

Nossos corações pulsam com a alegria de ver a meninada feliz por reencontrar seus coleguinhas e professores nestes tempos de volta às aulas. Cada vez que eles saem para a escola, nós, pais, nos emocionamos ao ajuda-los a plantar as sementes do próprio futuro.
Mas quando olhamos para as estatísticas de desemprego entre os jovens, a euforia se dissolve. Até novembro de 2010 – último mês cujos dados sobre o desemprego foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a taxa de desocupação nas principais regiões metropolitanas entre pessoas de 18 a 24 anos era de 12,5%.
As desculpas oficiais e das empresas se combinam. “O jovem não consegue emprego porque não tem experiência e não tem experiência porque não teve a oportunidade do primeiro emprego”.
Ou seja, em vez de a gente se preocupar com o futuro do nosso tecido social e transformar a empregabilidade num investimento que deve ser responsabilidade de todos nós (pais, educadores, Estado e setor privado), preferimos culpar a inexperiência dos jovens.
Porque a etapa das famílias é feita com orgulho. Os professores, mesmo com salários irrisórios, lá estarão tentando organizar um mundo para uma juventude bombardeada por todos os lados por distrações. Desde os torpedos nos celulares, as mensagens no Facebook, os convites para festinhas e encontros. Atividades típicas da juventude.
Com muito esforço pais e mestres conseguem cumprir suas funções sociais. Mas quando terminam sua etapa, entregam os seus alunos para um mercado indiferente e para um Estado também neutro no que diz respeito a mobilizar todos para a ocupação dos nossos rapazes e moças.
O resultado é a família continuar a financiar a inquietação dos seus filhos. E o crime organizado continuar ávido para recrutá-los, já que estão cheios de energia, têm um bom conhecimento acumulado nos bancos escolares e estão perfeitamente antenados com as novas tecnologias.
Ou seja, não servem apenas para um mercado de trabalho que fecha os olhos ao futuro. Mas são um ativo super atraente para os criminosos que tentam a todo custo envolver nossos filhos.
Por isso, neste retorno às aulas, vamos refletir para um retorno pleno à cidadania. E quem sabe conseguiremos sensibilizar o prefeito e os vereadores, os deputados estaduais e federais, os senadores e a Presidência da República para nos juntarmos a favor do futuro do Brasil. Que passará, obrigatoriamente, pela empregabilidade dos nossos filhos.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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