sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A crise que paira sobre nós

Quando você for ao supermercado para fazer as próximas compras lembre-se que uma nova crise financeira mundial poderá afetar tanto os preços como a qualidade e a disponibilidade das novas mercadorias, seja o feijão, o pão nosso, os legumes ou as frutas.
Porque vivemos, hoje, num mundo altamente interligado. Mas com as decisões ainda, infelizmente, nas mãos de uns poucos especuladores, que não estão nem um pouco preocupado com sua compra mensal.
A situação é tão preocupante que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que a falta de regulação dos mercados quase levou os Estados Unidos à falência e o mundo a atual situação financeira de crise.
A saída, meus amigos e amigas, é nós trabalhadores e cidadãos brasileiros nos empenharmos ainda mais na nossa continuada luta pela sobrevivência. E além das tarefas obrigatórias que assumimos em nosso local de trabalho, batalharmos também para ampliar nossa influência sobre quem nos governa.
Porque para controlar estes monstros do mercado financeiro, que são contra o Estado do Bem-Estar Social, mas que são os primeiros a recorrerem aos cofres públicos para resgatar seus bancos e empresas financeiras, é preciso um governo atuante a favor da sua população e que tenha uma máquina pública preparada para agir com rapidez na defesa dos interesses dos geradores de riqueza do país, sejam eles empresários, trabalhadores, prestadores de serviços ou agricultores.
Aos especuladores e banqueiros interessa apenas o jogo das bolsas de valores, o ganho com a compra e venda de ações, as aplicações que fazem junto ao Tesouro Nacional para se aproveitar dos juros mais altos do mundo.
Não se preocupam com as necessidades de investimentos das empresas ou com o aperto no bolso dos trabalhadores. Não estão nem aí para o fato de se vamos ter salário suficiente para completar a compra no final do mês.
A crise financeira que ronda mais uma vez o mundo e ameaça o Brasil deve, sim, ser enfrentada por todos nós. E da mesma maneira que afirmamos na última vez em 2008, quando um banco depois do outro começou a falir nos Estados Unidos e Europa, o Brasil é muito maior que a crise.
O governo brasileiro, segundo declarações da presidente Dilma, está preparado. Nós, cidadãos e trabalhadores, temos que nos manter unidos e atentos. Voltar nossa atenção para as mobilizações do sindicato e exigir contrapartidas sociais como a garantir de salários e manutenção dos empregos, caso o governo resolva abrir, de novo, os cofres para os setores econômicos mais afetados pela crise.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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