sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Juros podem cair bem mais

Chegamos até vocês com uma notícia que é boa mas que poderia ser muito melhor ainda. A queda da Taxa Selic, que define os juros em nossa economia, foi reduzida de 12% para 11,5% ao ano.
É uma brisa suave para aqueles, como todos nós, que querem ver o Brasil na linha da produção e da geração de novos empregos. Porque a redução das taxas de juros, ainda que lenta e gradual, sinaliza para os especuladores que é hora de colocarem sua grana em alguma atividade produtiva.
Seja na construção civil, seja no investimento industrial ou na agricultura. O que não é boa ideia é continuar a apostar apenas na especulação e trazer dólares do Exterior, transformá-los em Reais e, em seguida, especular no nosso mercado interno.
Segundo reportagem publicada no site G1, a decisão do Banco Central foi tomada em meio ao agravamento da crise financeira internacional, que começou em setembro de 2009, mas que voltou a piorar há poucos meses - com o rebaixamento da dívida dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poors.
Para o BC, a "transmissão" do cenário de crise externa para a economia brasileira pode acontecer por meio da redução do volume de comércio e do menor aporte de investimentos, além de restrições ao crédito e da "piora" no sentimento de consumidores e empresários. A crise também deve gerar, segundo analistas, redução dos preços dos alimentos - contribuindo para moderar as pressões inflacionárias.
Para nós, cidadãos e trabalhadores do Grande ABC a redução em meio ponto percentual nos coloca em novos níveis de esperança. Finalmente, percebemos que nossa marcação cerrada contra os juros altos, que tinha transformado nossa economia num paraíso para banqueiros, financeiras e especuladores começa a chegar ao fim.
A promessa da presidente Dilma Rousseff de chegar em 2012 com a Taxa Selic em um dígito, ou seja, com os juros anuais menores que 10% também é animadora. E mostra que é possível visualizar no horizonte taxas de juros decentes, ao redor dos 2% ou 3%.
Cicero Firmino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá.

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