quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Acelerar a industrialização para confirmar crescimento do Brasil

A revista inglesa “Economist”, desta semana, traz um detalhado estudo sobre o Brasil de hoje e o que se espera de nós, no mundo. “O Brasil se tornará brevemente, segundo a Goldman Sachs, a quinta economia mundial, superando a Inglaterra e a França”, escreve a revista.
Segundo A “Economist”, o Brasil já retomou taxas de crescimento de 5% ao ano, e assim que o petróleo do Pré-Sal comece a ser retirado e comercializado, o país experimentará uma nova arrancada econômica.
Mas não teremos apenas petróleo como riqueza. Ainda continuaremos a ser uma das principais regiões do planeta fornecedora de alimentos para o mundo, em função das nossas vastas áreas agriculturáveis e ao continuado aumento de produtividade.
A revista inglesa destaca que o Brasil, diferentemente da China, é uma democracia. Diferentemente da Índia, não tem conflitos étnicos. E também diferentemente da Rússia, famosa por exportar petróleo e armas, nós temos uma carteira vasta de exportações, que vão desde produtos manufaturados, veículos e produtos agrícolas.
Além destes fatores que se combinam a favor de nossa economia, a “Economist” destaca que o presidente Lula quer acelerar a industrialização do país, em torno do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da construção de novas plataformas, navios e infra-estrutura necessárias para a extração do petróleo do Pré-Sal e para aproveitar as riquezas que o petróleo nos garantirão.
Mas ainda temos problemas a resolver, destaca a “Economist”. A educação, a segurança pública e a infra-estrutura do Brasil ainda deixam muito a desejar. São pontos que fazem parte das bandeiras de reivindicação dos metalúrgicos de Santo André e Mauá há anos. E que, infelizmente, ainda não encontramos o eco político e social que precisamos para garantir um crescimento sustentado, com garantia de bons empregos, que surgirão com investimentos diretos na boa educação.
Precisamos também de mais segurança pública que atrairá mais investimentos no Brasil e garantirá aos nossos filhos e filhas uma vida mais tranqüila e prolongada. E a atenção com os investimentos em infra-estrutura, principalmente, nas estradas brasileiras que podem gerar milhões de empregos com suas inadiáveis recuperações.
O mundo já leva a sério o Brasil. Os trabalhadores já levam a sério o Brasil desde quando nos entendemos por gente. Falta agora os patrões caírem na real e apostarem na produção e no relacionamento com seus principais aliados, que são seus trabalhadores. E nos valorizar, de verdade, através da negociação de salários decentes e a geração de condições adequadas para o exercício de nossa função, que é a de gerar mais riquezas para suas empresas e para o Brasil.

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