quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mobilizar contra a vergonhosa sistemática do arrocho salarial

Os metalúrgicos de Santo André e Mauá estão conscientes de todas as manobras patronais para arrochar, ano a ano, os nossos ganhos. A fórmula da vergonha é a mesma de sempre: a cada campanha salarial a gente consegue negociar bons reajustes, incluindo, ganhos reais nos salários.
No dia seguinte, começa a vergonha de empresários que não têm o mínimo senso de convivência social e que agem deliberadamente para sangrar nossos ganhos, gota a gota.
Adotam a rotatividade calculada e demitem nossos companheiros e companheiras com salários reajustados por outros trabalhadores por salários mais baixos. Conseguem, assim, achatar, ano a ano, mês a mês, nossos ganhos.
Prejudicando a massa salarial da categoria. Transferindo renda para os cofres das empresas e para os bolsos dos patrões.
Por isso, neste ano queremos negociar um valor muito mais alto para o piso salarial. Para ter uma medida que nos ajude a estancar a sangria em nossos ganhos.
Mas também estamos articulando no Congresso Nacional para que o Brasil assine a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que regulamenta a demissão sem justa causa.
É uma vergonha ter que lidar com patrões dessa qualidade em pleno Século 21. É triste termos nossa massa salarial subtraída, mês e mês, através de atitudes covardes como são as demissões controladas dos trabalhadores e trabalhadoras, para serem imediatamente substituídos por outros com ganhos menores.
Estamos fazendo um levantamento via RAIS da rotatividade em nossa categoria. Vamos mandar traduzir para o inglês, francês e espanhol e apresentar o caso na Organização Internacional do Trabalho, com o nome das empresas, com suas marcas, com os nomes dos principais executivos. Vamos mostrar para o mundo inteiro como funciona a barbárie administrativa em Santo André e Mauá.A cada dia, aprendemos a enfrentar esses patrões que são verdadeiros vírus malignos da economia nacional, que jogam sem constrangimento contra os interesses sociais, que merecem todo o nosso mais profundo desprezo. E mobilização permanente para, através de ações políticas, controlar essas administrações insanas.

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