quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Brasil de Lula cria plataforma para erradicar miséria absoluta

Se o Brasil mantiver o mesmo ritmo de diminuição da pobreza extrema e da desigualdade de renda observados nos últimos cinco anos (2003 a 2008), que coincide com o governo Lula, poderá obter indicadores sociais próximos aos de países desenvolvidos em 2016. Da mesma forma, poderá alcançar uma taxa de pobreza absoluta de 4%. A informação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
São considerados pobres extremos aqueles que recebem até 25% de um salário mínimo por mês, enquanto os pobres absolutos dispõem mensalmente de até 50% de um salário mínimo.
O documento do Ipea revela a tendência de o país ter em 2016, seguido o ritmo dos últimos cinco anos, a desigualdade da renda do trabalho em 0,488 do índice Gini – coeficiente que varia de 0 a 1, segundo o qual quanto mais próximo do zero, menor é a desigualdade de renda num país e quanto mais próximo de 1, maior a concentração de renda.
Em 1960, ano da primeira pesquisa sobre desigualdade no Brasil, verificou-se índice Gini de 0,499 no país. Em 2005, o índice Gini nos Estados Unidos era de 0,46; na Itália, 0,33; e na Dinamarca, 0,24.
Mas entre 2010 e 2016, além dos seis longos anos que nos separam, acontecerão aqui uma Copa do Mundo, em 2014, e uma Olimpíada, em 2016. Teremos, ainda, mais duas eleições presidenciais, uma agora em 2010 e outra em 2014. Ou seja, teremos tempo de decidir se é esse mesmo o destino que vamos consolidar no Brasil ou se deixaremos que a atual situação favorável nos escape das mãos e prevaleça as políticas de alta concentração de riqueza, nas mãos de poucos, colocando em risco o que poderá ser a garantia de um Brasil mais justo, mais igualitário e com padrões de miséria absoluta semelhantes aos dos países desenvolvidos.
Como disse, ainda falta muito a ser feito e cada peça que a gente mova passa, necessariamente, por nossa decisão cívica e cidadã. Ajudamos o Brasil avançar muito desde o Plano Real, em 1994, quando conseguimos controlar a inflação. Depois, com o presidente Lula, avançamos muito para uma melhor distribuição de renda. Mas não podemos cochilar. O capital internacional e a elite brasileira, sempre gananciosa, estão de olho nos avanços sociais. Tudo farão para reverter a distribuição de renda, porque essa gente só pensa neles. E não nos sagrados interesses do povo brasileiro.

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