quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Os patrões é que nos obrigam a fazer greve

Como já dissemos várias vezes, os trabalhadores e trabalhadoras não gostam de fazer greve. Mas temos que cada vez mais nos preparar para greves por empresas, greves por setor e até mesmo não descartar uma greve geral diante da brutalidade patronal contra nossos interesses.
Trabalhamos de sol a sol, noite adentro, nos feriados, no domingo e o que temos de troca: arrocho salarial feito através de demissões arbitrárias. É uma ação integrada dos setores patronais que prejudica os trabalhadores e que traem todos os discursos feitos pelos departamentos de recursos humanos. Por isso, temos que estar sempre prontos para greves por empresa e por setor. Por causa da covardia patronal, somos obrigados a responder com greve. E sempre que necessário o faremos.
Somos os guerreiros da linha de frente. E geramos riquezas através da manipulação de matéria-prima, do uso de ferramentas pesadas, ao lidar com máquinas perigosas que nos mutilam, nos ferem, nos matam. E a resposta patronal é a indiferença, a falta de investimento em segurança, o desrespeito aos nossos direitos. Por isso, devemos estar sempre preparados para a greve, pois os patrões só sabem ouvir o som das máquinas paradas.
Vivemos com salários mais curtos que o mês e para garantir uma qualidade de vida mínima para nossas famílias, para manter os filhos na escola, para cuidar da nossa saúde e lazer, somos obrigados a nos endividar. Porque os patrões não estão nem aí para as nossas dificuldades e é por isso que devemos todos estar sempre mobilizados para a greve. Só assim voltamos a recuperar a etapa de crescimento de nossos ganhos de maneira que acompanhem os tremendos lucros patronais.
Mesmo com salários irrisórios, com dívida, sem apoio para garantir a saúde e o lazer de nossas famílias, mesmo assim, ajudamos o Brasil a superar a crise financeira mundial. Agora, a economia volta a crescer. E os patrões olham preocupados para as máquinas, que não podem parar.Por isso, mais uma vez conclamamos os companheiros e companheiras, a apoiar as negociações do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, a nos ajudar a buscar mais ganhos do PLR, mas a ficarmos todos atentos, pois não dá mais para esperar. Em qualquer situação de enrolação por parte dos patrões, nossa resposta será a greve. Que é motivada pela covardia dos empresários que só olha o próprio lucro.

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