sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os 78 do nosso Sindicato

Como todos vocês que sabem tenho a honra de presidir o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá. Na última sexta-feira, dia 23 de setembro, comemoramos 78 anos de existência e no domingo, dia 25, repetimos a comemoração com as novas obras que realizamos aqui na nossa sede em Mauá.
Registro a data festiva para chamar a atenção de cada um de vocês história de lutas que organizamos e montamos ao longo de quase oito décadas.
Nosso Sindicato está sempre pronto para ampliar suas lutas salariais e sindicais e para reforçar as principais necessidades políticas e econômicas de nossa comunidade.
Por isso, ao longo destes 78 anos estivemos em todas as grandes transformações que o Brasil passou. Apesar de sermos gratos ao primeiro governo de Getúlio Vargas que criou a atual estrutura sindical, não pensamos duas vezes quando foi necessário combater o Estado Novo, que instaurou uma ditadura entre 1937 e 1945.
Mas também apoiamos, na primeira hora, quando em 1953, Getúlio Vargas, em seu segundo governo, agora presidente eleito pelo voto, promulga, no dia 3 de outubro, a lei da criação da Petrobras. Fomos para a rua com o lema “O Petróleo é nosso”, diante das campanhas que queriam entregar nosso petróleo para as grandes multinacionais mundiais de petróleo.
E, hoje, podemos ver o resultado daquela mobilização com a Petrobras que é uma das principais empresas do mundo, com o vigor do nosso setor petroquímico aqui em Mauá e Santo André. E com o potencial de riqueza que teremos com o Pré-Sal.
Lutamos também contra a ditadura militar e sofremos, por isso, seguidas intervenções, prisões e assassinatos de companheiros. Mas nunca nos intimidamos, nem na época da ditadura militar nem agora, quando estamos cada vez mais vinculados às comunidades e ao Chão de Fábrica.
Por isso, nestes 78 anos que dividimos com você, leitor e leitora, estamos prontos para novos desafios. Queremos a redução da jornada das atuais 44 horas semanais para 40 horas sem redução dos salários. Porque sabemos que com essa iniciativa além de gerar mais proximidade dos trabalhadores com as suas famílias ajudará a criar mais de 2 milhões de novas vagas.
Queremos o fim do Fator Previdenciário pois é uma medida que achata o valor das aposentadorias e pensões, tirando renda do trabalhador no momento da velhice quando ele (ou ela) mais precisa.
E não nos esquecemos nem um minuto sequer de nossa batalha permanente a favor da Educação, da Saúde e da nossa Segurança. Hoje não temos mais os militares ou a inflação brava para enfrentar. Mas a mobilização é necessária pois ainda vivemos num Brasil muito injusto e muito desigual, e precisamos melhorar esta situação.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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