quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mais renda para as mães, esposas, trabalhadoras

Pesquisa encomendada pelo jornal “O Globo” mostra um salto na renda das mulheres de 30,8% entre 2006 e 2011. A renda feminina subiu de R$ 519,3 bilhões, em 2006, para R$ 679,5 bilhões, em 2011. No mesmo período os homens que já tinham uma renda acumulada de R$ 868,3 bilhões foram para R$ 1 trilhão, com uma variação de 22,7%.
Mas no que se define agora como nova classe média, ou seja, a Classe C, a massa de renda delas avançou 48,6% em cinco anos, para R$ 333,3 bilhões; enquanto a deles subiu 38,3%, para R$ 508,8 bilhões.
E basta estarmos atentos em nossas vilas e bairros que a gente percebe a nova força econômica das mulheres. Os salões de cabeleireiro estão sempre cheios, assim como as lojas que vendem cosméticos.
São bons sinais que se complementam com nossas esposas, mães e filhas tendo mais acesso à Educação e com uma participação social muito mais expressiva. E que comprovam, também, o acerto das políticas públicas adotadas desde o início do governo Lula que transfere renda priorizando quem tinha muito pouco.
O importante de se transferir renda para as mães, esposas e trabalhadoras é que o dinheiro é investido, preferencialmente, na família. No estímulo aos filhos e filhas, na melhoria da casa e da alimentação. Porque a mulher cuida mesmo. E tende a não embarcar, facilmente, no consumo.
Mas, o mais importante desta nova etapa, é o ganho de renda tanto para a mulher quanto para os homens, com uma variação maior para as famílias trabalhadoras que se situam na Classe C.
É hora de fazer as contas, de planejar os gastos e, principalmente, de se manter atento para não sofrermos recuo nestes ganhos de renda. Porque, não devemos nos iludir, todo avanço a favor da família trabalhadora preocupa alguns setores da nossa elite que, infelizmente, não percebem as vantagens de se distribuir renda de maneira persistente e para todos os setores sociais e econômicos, com atenção especial aos excluídos.
Pois na medida em que o cidadão se transforma em consumidor melhor fica a situação do nosso mercado interno e melhora não apenas para as famílias da base da pirâmide, mas para o conjunto da nossa economia. Beneficiando, também, os empresários e seus empreendimentos.
É uma conta fácil de fazer. Mas o difícil é ensinar para alguns setores da nossa elite a largar o osso da concentração de renda. Mas com participação social vamos, aos poucos, confirmando o novo estágio de renda que conquistamos no Brasil.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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