quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mínimo goleia cesta básica; agora é hora de ampliar o placar também nos valores dos nossos salários

Reportagem do Diário do Grande ABC registrou que “Há dez anos, o morador da região que recebia apenas um salário-mínimo sequer conseguia comprar os produtos da cesta básica regional, composta por 34 itens. Na época, o piso nacional somava R$ 151, e comprar os produtos de primeira necessidade, portanto, era um grande sacrifício, já que era necessário despender R$ 152,34”.
Passados dez anos, sendo que oito anos do governo do presidente Lula, o salario mínimo deu uma goleada na cesta básica.
Agora, registra o mesmo DGABC, o consumidor de baixa renda pode mais, com os R$ 545 mensais que ganha: além de comprar a cesta nas sete cidades, orçada na última quinta-feira em R$ 363,31 em média, ainda sobram R$ 181,69 no bolso do consumidor.
Nossa categoria acompanha de perto a evolução do salário mínimo mas a gente quer mais, muito mais. Principalmente para os salários e pisos salariais de nossa base em Santo André e Mauá. Queremos também aumento real em nossos salários, que se somarão à Participação nos Lucros e Resultados.
O dinheiro que chega em nossos bolsos, através dos nossos salários, é que permite ampliar a distribuição de renda no Brasil. E como a gente gasta todo o salário do mês em consumo, tivemos participação importantíssima para estancar a sangria desatada da grande crise financeira mundial, que se abateu sobre o mundo inteiro e no Brasil em 2008.
Agora, outra crise mundial preocupa todo mundo. E tem servido, mais uma vez, para as manipulações patronais. Muitos patrões e empresários jogam contra o patrimônio nacional e querem embolsar lucros e deixar que o resto da sociedade e os governos se virem com a crise.
Nós, metalúrgicos, sabemos que a mobilização e muita troca de ideias, dentro e fora da fábrica e do sindicato ajuda a mudar o jogo. Por isso, vamos nos mobilizar para negociar salários decentes, com reajustes reais, na campanha salarial que está em progresso.
Vamos dar uma goleada na concentração de renda no Brasil. Vamos, todos juntos, reforçar com nossos salários o mercado interno do Grande ABC e do Brasil.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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