sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Combater os agiotas legalizados

As operadoras de cartões de crédito cobram os juros que bem querem, independente da Taxa Selic, que se depender do governo da presidente Dilma Rousseff chegará a menos de 10% ao ano, em 2012. E o Banco Central já se declarou incapaz de controlar as operadoras, que estabelecem juros de 237,9% ao ano.
Temos que agir rapidamente porque somos nós, trabalhadores e trabalhadoras, as principais vítimas das operadoras de cartão de crédito. Hoje é muito comum o aviso: “Não aceitamos cheques. Só dinheiro ou cartão”.
Como é que nós, que andamos com pouco dinheiro no bolso vamos gerenciar nossas compras? Somos obrigados a nos valer dos cartões de crédito, vinculados às nossas contas salariais. Para no final do mês, por qualquer descuido ou estouro dos limites, sermos arrochados, ao estilo dos agiotas, pelas operadoras de cartões de crédito.
Na revista Veja desta semana, na coluna Radar tem uma nota que transcrevemos:
“Dilma Rousseff tem uma nova obsessão: baixar os juros dos cartões de crédito — o que levará, consequentemente, a um aumento do consumo. Como não há jeito de fazer mágica nem diminuir as taxas por decreto, já pediu ao Ministério da Fazenda para estudar como fazê-lo. Os juros dos cartões são sensivelmente mais altos do que os do cheque especial, por exemplo. Os dos cartões são de 10,7% ao mês, em média. Os do cheque ficam em 8,3% e, para quem compra carro, 2,4%. Por Lauro Jardim”.
O governo da presidente Dilma Rousseff não estará sozinho nessa cruzada contra os agiotas legalizados. Vamos, todos juntos, começar a guardar os boletos dos cartões de crédito e se a dívida já estiver em patamares insuportáveis, vamos acionar negociá-las coletivamente através da Justiça.
Já estabelecemos uma parceria com o Instituto Justiça do Consumidor, conforme vocês podem ler na página 4. Pois ou nos defendemos dos agiotas legalizados, que se escondem atrás das operadoras de cartões de crédito ou continuaremos a ter nossas rendas subtraídas através de juros arbitrários e transferidas para os cofres dos bancos e financeiras.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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