sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O ano em que domaremos os juros altos

Veja a notícia que foi publicada no dia 26 de janeiro no jornal Valor Econômico: “Copom vê elevada probabilidade de juro básico de um dígito: O Comitê de Política Monetária (Copom) atribui "elevada probabilidade" à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito. A avaliação consta da ata da última reunião do colegiado do Banco Central, quando o juro básico foi reduzido em 0,50 ponto percentual, para 10,50% ao ano.”
Como sempre defendemos, nosso maior desejo social e econômico é ver o governo da presidente Dilma reduzir os juros para um dígito e de preferencia abaixo de 5% o mais rapidamente possível.
Porque com juros baixos, finalmente, os empresários terão que concentrar suas atenções nos investimentos produtivos, pois a especulação com os juros não renderá o berço esplêndido que os acolheu depois da alta permanente da inflação, que os trabalhadores combateram e ajudamos a controlar.
Os grandes obstáculos aos juros baixos são as atuações dos bancos, financeiras e operadoras de cartões de crédito que ainda se sentem muito à vontade para estabelecer as próprias taxas de juros, nas barbas do governo que nada faz.
Vamos concentrar nossa pressão para que a presidenta Dilma se dê conta que as vistas grossas que os vários governos fizeram com as ações dos bancos na definição dos próprios juros e do spread bancário, ou seja, a diferença entre os juros que pagam aos correntistas e o que cobram de quem pede empréstimos têm que ser controladas.
Chegaremos, quem sabe, a um sistema capitalista. No qual, por definição se consegue o lucro principalmente pela produção e não pela especulação financeira. Um tipo de capitalismo que se for associado com uma boa mobilização e controle da sociedade civil e do governo ajudará a gerar mais empregos com salários decentes e romper as enormes diferenças de renda, realimentadas, no Brasil, por uma das piores concentrações de renda do mundo.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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