sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Segurar as oportunidades

2011 escapou pelo meio dos nossos dedos. É essa a sensação que fica quando tentamos recordar os melhores (e os piores) momentos do ano que agora chega ao fim. É assim mesmo a cada ano, mês, semana e até mesmo o dia de ontem.
Apesar de estarmos sempre preocupados e atentos à sobrevivência, buscando sempre melhorar nossa qualidade de vida para garantir mais salários e renda, mais apoio à saúde e à educação dos nossos filhos, sempre sentimos que nossas oportunidades escaparam pelo meio dos dedos.
Talvez porque não nos acostumamos ainda a planejar com mais detalhes nosso futuro de curto, médio e longo prazos. Queremos melhorar mas não estabelecemos uma agenda que sirva de referência para confirmar os acertos e os eventuais erros. Ou seja, de certa forma a vida nos leva. E só deixa as cicatrizes das preocupações marcadas em nossas vidas.
Mas estamos começando um ano novo e temos, mais uma vez, a oportunidade de fazer um plano mínimo. Se você puder, aproveite os próximos dias e converse com seu cônjuge, com seus filhos, parentes e amigos mais próximos. E estabeleça algumas datas de referência.
Por exemplo, logo depois do carnaval, na primeira semana de aulas, vou visitar a escola dos meus filhos e conversar com os professores. Nem que seja para me fazer presente. Vou me comprometer, até o fim de março, a descobrir quem é o vereador que tem influência no nosso posto de saúde. E no mesmo mês de março vou telefonar para o vereador e dizer que acompanho a gestão dele aqui no bairro.
Vou me informar até maio de 2012 como é o funcionamento do Conselho de Segurança Municipal, o Conseg. E ao saber da agenda das reuniões mensais, vou me comprometer, de verdade, a participar das reuniões e ajudar nossas lideranças a sugerir melhorias na segurança do nosso bairro e da nossa cidade.
É através do comprometimento com agendas sociais simples que marcaremos presença nos equipamentos sociais disponíveis em nosso bairro, ou seja, a escola, o posto de saúde e os responsáveis pela segurança. Se nos manifestarmos, teremos depois o direito de cobrar. E com a prática perderemos a sensação de que deixamos as oportunidades escaparem pelos nossos dedos.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

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